Há uns tempos atrás escrevi um artigo ambientalista e outros sobre o avanço do mar na minha amada costa da caparica (que quando era miúdo tinha uma infinidade de areal para correr e jogar futebol, e hoje em dia quase chega às dunas....). Escrevi o artigo, escrevo aliás várias coisas, e sou invariavelmente acusado de fatalista, pessimista, etc. Como sempre prefiro considerar as minhas teorias realistas, e isto seguindo as leis de Murphy, que para mim são das leis mais evidentes e certas da vida....
Fez-se agora um mega concerto a nível mundial, o Live Earth, tentando aludir ao mundo todo o quão já conseguimos estoirar e rebentar com este mundo. E agora sim, parece que afinal as minhas teorias "pessimistas" e "fatalistas" não estavam assim tão erradas. Avanço das águas do mar e afins, mudanças climatericas brutais, temperaturas altas na Noruega, cheias avassaladoras em Inglaterra, 45º a 50º (!) graus na Grécia e em Itália, e tanto, tanto mais....
Lembraram-se agora que o nível do mar afinal está MESMO a avançar e a galgar imperdoávelmente terra adentro ! Mesmo em Portugal já há quem se ressinta desse mal, uma vez mais na Costa da Caparica. Aumento das temperaturas ? Não, isso é só no século XXVI, quando os carros voarem livremente pelos céus por entre os magnificentes edifícios de 700 metros, e o teletransporte for possível, depois de já termos ido a marte. Aí sim, pode ser que façam temperaturas exorbitantes de 50º , que a agricultura já nem seja viável dada a tamanha falta de água, e que todas as cidades costeiras (onde habitam 1/3 da população mundial) já tenham sido galgadas pelo mar.
Como sempre, preferimos sempre remediar que prevenir.... Maldita sentença humana....
Sentença essa que está já definida pelo Cosmos há muito. Todos já ouvimos falar no Armaguedon, no Apocalipse, no final do mundo. Claro que isso para nós sempre foram histórias ridículas, de velhos do restelo malucos de cartazes em punho, anunciando o final do mundo se não nos rendêssemos á vontade de Deus.... Não é a vontade de Deus, mas do universo.
Como se sabe, o sol é o astro que rege a vida no nosso sistema solar, e como tão bem se sabe, o sol é uma estrela permanentemente em fogo e chamas de temperaturas inimagináveis, e que obviamente para isso, como qualquer coisa no Universo, necessita de um combustível. Ora como sabemos, á medida que um combustível se vai queimando, vai-se acabando, e o sol não é nenhuma excepção. O combustível do sol está a acabar-se, e com isso o sol ficará cada vez mais quente (parece antagónico mas é mesmo assim), e eventualmente ficará cerca de 2 MIL vezes mais quente do que o é hoje. Mas como se ainda assim não bastasse, conforme vai aquecendo, o sol vai aumentando de tamanho, e que também acabará por ficar 160 vezes maior do que se encontra. Ora este aumento massivo tanto da sua temperatura como do seu tamanho, como é óbvio e devem calcular, irá por fim a todo o nosso sistema solar, pois o nosso Astro-Rei irá literalmente acabar por engolir os planetas mais próximos, dando primazia ao que lhe estãp mais próximos, que como sabemos são Mercúrio e Vénus, dando seguimento á Terra e posteriormente a todos os restantes. Estima-se que isto ocorrerá dentro de 5 Biliões de anos. Claro que estará ja muita gente a pensar que nessa altura já cá não figurarão, e não irão assistir ao amargo final deste maravilhoso planeta. Enganem-se.
Quando o sol ficar apenas 2 % mais quente, a vida humana será completamente extreminada, e quando ficar 5 % mais quente, toda a vida terrestre será aniquilada, até que eventualmente voltemos ás nossas origens, e a terra volte a ser uma enorme bola de fogo e lava, tal como quando nasceu. Irónico como o mesmo astro que nos deu e proporciona a vida é o mesmo que a tira.
Por isso mesmo cientistas de todo o mundo, buscam neste momento soluções para o seguimento da Humanidade no universo. Como já se viu na Terra já não será mais viável, por isso seremos forçados a "emigrar" para outros locais, vulgo planetas. A primeira escolha será Marte, que hoje em dia apresenta temperaturas a rondar os 100 º negativos, mas com o tal aumento da temperatura do sol, acabará eventualmente por ficar com uma temperatura muito semelhante á actual da Terra. Claro que o ambiente e atmosfera lá nos são deveras adversas, por isso seremos obrigados a viver em cápsulas e afins.
Mas como foi referido, a temperatura vai afectar todo o sistema, e aumentará incessantemente, e até Marte mais tarde acabará por ficar inabitável com o aumento da temperatura, o que nos obrigará uma vez mais a "emigrar" para fora, desta vez para o local mais semelhante ao nosso planeta em todo o nosso sistema solar, uma das luas de Júpiter, a Europa, que está totalmente coberta por enormes oceanos, e que aparentemente será assim o noso segundo destino mais provável.
Mas uma vez mais, como já foi dito, o aquecimento afectará todo o sistema, e até a propria "Europa" acabará por aquecer a níveis insopurtáveis pelo humano. E depois ? Depois ainda não se sabe. Vaguear pelo espaço em busca de um local habitável, é até á data o processo mais provável. É a única maneira de preservar a Humanidade e de fazer com que continuemos a existir. Mas, será que vale a pena ? Uma raça que destrói o próprio planeta, que apenas se interessa por bens materiais, e se envolve continuamente em guerras e quesílias, vale mesmo a pena preservá-la ??
Mas isto já é outra questão de nível mais filosófico.
Mas quem pensa que o nosso problema é apenas o aquecimento solar, engane-se.
O planeta Terra é uma das maiores vítimas de meteoritos, e estamos constantemente sobre a ameaça destes. A nossa sorte é termos Saturno, que funciona como um "guarda-costas" terrestre, pois a sua força gravitacional é tão forte, que tudo o que passa perto, é sugado até si, como por exemplo os meteoritos, protegendo assim o nosso planeta. O problema é que apesar de Saturno nos proteger de praticamente todos, falha o praticamente.... Infelizmente não nos pode proteger de todos, sendo a prova disso os vários que já se abateram sobre a Terra (como o tal que levou á extinção dos dinossauros) e tantos e inúmeros outros que passam literalmente a rasar-nos, como por exemplo o de março de 2004. Mas quando vier um que em vez de nos rasar, venha mesmo directo a nós, aí não teremos a mínima das hipóteses. Por mês passam vários na nossa órbita, mas até quando iremos aguentar ? Nos anos 30 por exemplo, houve um que se abateu sobre nós, mas a grande sorte é que foi num local extremamente remoto, e não houve uma única vítima. Mas se algum embate numa qualquer cidade, ou ainda pior, no mar, aí então, muito antes do aquecimento global ou mesmo do solar, somos apenas mais uma nuvem de pó a vaguear pelo Cosmos fora. Quanto tempo mais teremos ? Ninguém sabe. Se não formos nós, será o próprio Universo a acabar connosco. Mas já que ainda não o fez, ao menos que preservemos ao máximo o pouco que ainda temos....
Fatalista ? O universo....
"O que sabemos é uma gota, o que desconhecemos é um oceano...."