Ó mundo louco, quanta da tua loucura não são pensamentos meus
Mexendo e remoendo o feito e o desfeito
Lamentos , desesperos e precoces adeus
Mundo que estás tão imperfeito
Ó vida insana,quanta da tua insanidade não são actos meus
Vontades e desejos , de molho em crenças e esperanças
Desamparados e loucos, absortos em critérios só seus
Vida que estás tão farta de brincar comigo tais crianças
Mundo, deixa-me ser louco
Mas deixa-me ser um feliz louco são
Que de mártires estás tu cheio até mais não !
É só o que te peço, aceita que é tao pouco
Vida, deixa-me ser insano
Mas deixa-me ser um concretizado insano consciente
Que de desgostosos e infelizes estás tu cheio de gente !
É só o que te peço , não me faças outro sacrifício humano....
"A minha alma é presa da mais livre loucura." (Sady Bianchin)
"Há uma fina linha entre genialidade e loucura. Eu apaguei essa linha." (Oscar Levant)
3 comentários:
Adorei o poema!
*.*
voando pela blogosfera, encontro um espaço com boas palavras e grandes imagens... leio, leio, páro contemplando as fotografias ou uma citação mais rebuscada que convida à reflexão...
gostava de deixar uma marca aqui neste poema de paradoxos e versos, quase Pessoanos, sobre os abismos da nossa alma, ilustrado com uma sombra de grão quem quer ser um "feliz louco são".
continua a descrever o mundo assim! :)
tens fotos muito bonitas. gosto especialmente desta.
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